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Virada Cultural

Este ano eu resolvi ir novamente a Virada Cultural (VC) em São Paulo. Algumas coisas acabem sendo a mesmice e outras inovadoras. O meu pique mesmo já não era o de antes. Eu combinei com uma amiga de irmos a um aniversário de uma amiga em comum na danceteria Mary Pop e na sequencia irmos a Virada Cultural. Para eu chegar ao Centro, vindo da marginal, pegando a avenida Rudge foi um caos, mal conseguia colocar o pé no acelerador, de tanto que eu fiquei parado. O meu objetivo principal era parar na rua Conselheiro Nebias. Tive de fazer algo que não gosto: parar em local proibido. Estava muito lotado e não tinha outro local para estacionar.
Encontrei com a minha amiga e fomos ao Mary
Pop. O que, eu, particularmente gostei. Adoro ouvir músicas dos anos 90. Relembrar "passinhos", o que hoje é chamado de "flab mob". Olha só! Já faziamos "flab mob" há 20 anos atrás. Aproveitei até às 2h30min da manhã de domingo de lá, deslocamos para o Centro de São Paulo, que na realidade era ali perto. Ao andarmos na rua, fui me deparando com algo que me chamou muito a atenção, jovens alcoolizados, desmaiados e vomitados.
A cada ano que vou a VC tenho reparado o quanto os
jovens e pré-adolescentes estão bebendo. Uma pena que eu não levei a câmera fotográfica para registrar esses momentos. Jovens aparentando em média, 15 a 18 anos, porte fisico magro, estatura baixa e média e de diferentes etnias. Por que eu estou citando isso? Porque o álcool ao entrar na corrente sanguinea, vai alterar o m
etabolismo hepático, renal e cerebral de diferente forma, ou seja, dependendo do biotipo fisico de cada um, vai apresentar os efeitos adversos rapidamente ou demorar um pouco mais. Claro que deve ser levado em consideração, a quantidade ingerida, a concentração alcóolica, se houve ingestão de alimento e outros fatores. Tudo o que contribui para o mal estar e ocorrência de vômitos.
O que eu quero expor com tudo isso?
Por que os jovens cada vez mais cedo tem consumido bebida álcoolica e cada vez mais cedo nas festas. Antes era comum os jovens aproveitarem a festa e aos poucos ingerindo bebida alcóolica e lá no final da festa estarem bêbados. Hoje a festa mal começou e a sua maioria está completamente bêbada - como foi o caso da VC. Fiquei impressionado de vir tanto jovens extremamente alcoolizados e desmaiados pelas ruas da região Central. Nem os usuários de crack da rua Helvétia estavam tão alterados como os jovens referidos. Uma outra questão que suscintou naquele momento foi: onde estarão os pais daqueles jovens? Como eles se comportam ao receber o filho em casa alcoolizado daquele jeito.
Não estou aqui para julgar ou fazer repreensão, até porque o consumo de álcool é milenar e não será agora que vai acabar. Pensando no conceito de redução de danos, até como politica de saúde pública, fica a dica para que a organização do evento participe ativamente dando orientação para as pessoas na rua e talvez mais rigor para o controle de co
nsumo. Talvez não permitir venda ilegal ou venda moderada (meio utópico, não??) de bebida alcóolica em eventos públicos e tão abertos assim.
Estamos vivendo numa sociedade cada vez mais desenfreada, baseado no principio do prazer imediato e busca por prazeres artificiais para encontrar, o que na realidade está dentro de si, entretanto não é suficiente para poder aproveitar uma festa, evento, reunião social sem estar alterado psiquicamente, seja pelo álcool, maconha, cocaína ou K.
Olha eu ai com essas mulheres maravilhosas!
Quer saber se eu consumi alguma coisa? Não precisei! Me diverti, aproveitei e curti o máximo que eu pude. Não sou hipócrita e ideologista de um mundo sem bebida, até acredito que as pessoas possam beber, mas desde que saiba entender seu limite, beber ou consumir com moderação e o mais importante:
saber respeitar o espaço do outro.

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