Trânsito

Andar no trânsito de São Paulo querer muita atenção e habilidade. Com uma população aproximadamente de 42.218.120, segundo fonte do SEADE, e com 5.052.446 de automóveis emplacados pelo DETRAN-SP em julho deste ano somente na capital, dá para ter uma dimensão do que é carro nas ruas de São Paulo.

Não obstante aos dados citados acima, ao andar de carro pelas ruas de São Paulo é uma aventura e tanto. Uma selva de pedra onde os carros são “animais” enfurecidos que digladiam entre as ruas e avenidas da cidade.

 

Essa semana passei por mais uma experiência dessa guerra urbana. Na marginal do Tietê, sentido Airton Senna, parado no trânsito caótico da ponte das Bandeiras, sinalizei, olhei pelo retrovisor e ao iniciar mudança de faixa de pista fui surpreendido por um mini-caminhão que colidiu com meu carro e com muita sorte “só” arrancou o pára-choque.
Recuperado do susto, encostei na lateral e fui checar o tamanho do prejuízo, e mais sorte, comigo não aconteceu nada. Uma mulher que estava a minha direita num Gol também parou e não sofreu nenhum dano pessoal ou material, sendo assim seguiu o seu caminho.

O mais complicado é o que fazer nesse momento. Como avaliar a situação e acusar ou receber a culpa do ocorrido. A única coisa que eu pensei naquele momento foi: “como resolver aquele situação”. Ligar para alguém da família, para a seguradora ou fazer o que? Será que eu estava completamente errado ao mudar de faixa e outra pessoa inconseqüentemente bate em você?
Num ato de sanidade resolvi seguir em frente, uma vez que estava indo trabalhar. Voltar para a casa não resolveria, ficar discutindo com o motorista também não, então decidi seguir em frente e arcar com a responsabilidade.

O dia seguinte chegou e ficar mais atento ao trânsito se fez necessário. Contudo, pude avaliar como as pessoas comportam-se nas ruas e avenidas de São Paulo. A grande maioria não dá seta,  faz ultrapassagem perigosas e desnecessárias e não respeitam as sinalizações, sejam elas placas ou semáforos.
Uma surpresa agradável: um pedido de desculpa foi sinalizado para mim pelo motorista imprudente numa picape que mudou de faixa e não sinalizou. Fato raro que as pessoas não colocam como prática do dia-a-dia e da boa educação no transito e respeito ao próximo.

Cada vez mais preocupo-me da condição e preparo no transito, do imediatismo e individualismo praticado pelas pessoas. A banalização da violência chegou a tal patamar que pouco importa quem está a minha frente, lado ou atrás. O descontrole perante o volante e a transformação do ser humano em animal selvagem conduzindo uma maquina automotiva que pode levar a muitas fatalidades. Quantas vidas se perdem por ano com esses atos inconseqüentes?
E, fico mais preocupado, por esse caos social induzir a pratica de vandalismo e por eu fazer parte disso...

 

 

Esse clássico da Disney é uma representação do que acontece diariamente.